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Dois caminhos, apenas uma opção é certa




O ser humano traz consigo uma inclinação acelerada para o pecado. Desde que o homem teve contato com este mal, nunca mais foi o mesmo. As consequências foram amargas e cruéis. Dentre as quais, a mais danosa foi a morte eterna, ou a separação do homem e o Deus criador e sustentador de todas as coisas. O que é interessante observar é que nós caímos nos mesmos erros que nossos antepassados. O pecado continua o mesmo, muda-se apenas as figuras, as pessoas, a época. A história nos mostra que o homem embora tenha dado sinais de selvageria, como uma consequência direta do pecado, sinais de bondade afloraram no deserto da vida pecaminosa. Não obstante, não podemos conceber que alguma coisa de bom tenha restado ao homem. Isto seria uma conclusão infiel, em relação às Escrituras, pois como diz a mesma: “todo bem procede de Deus” (Tg 1.16-18).


A graça comum é derramada sobre todos, proporcionando a sustentação e manutenção da vida, antes e pós o pecado. O homem vê a sua selvageria sendo aplacada pela graça de Deus, o qual permite e mantém em uma base firme a vida em sua diversidade. Os erros estão aí, à nossa frente, o que é pecado sempre se mostra mais atraente e sedutor, afinal entre uma porta larga e estreita, a primeira parece ser a mais fácil (Mt 7.13-14). No entanto, o caminho mais fácil nem sempre é o melhor. A afirmação de que todos os caminhos levam a Deus, é um engodo, pois há apenas um caminho. Este é apontado como sendo o Cristo vivo e verdadeiro (Jo 14.6). No qual encontramos a vida e a prática de boas obras aceitáveis diante de Deus. Não deixamos de ser pecadores, mas agora há algo em nós que brilha aos olhos de Deus. O que é? Aquilo que Ele, em sua graça e misericórdia concedeu-nos, a saber: a sua justiça! (Rm 1.16-17). Noutras palavras, como não conseguiríamos alcançar, por nós mesmos, o padrão da obediência justa, Deus imputa-nos a justiça de Cristo Jesus, mais precisamente, aos que nele serão levados a crerem. Não a todos, mas restritivamente aos que crerão.


Digno és de glória, louvor e adoração, pois aquilo que nos parecia impossível, Jesus com sua morte realizou o milagre da reconciliação cósmica, entre o mundo caído e o Deus santo (Epistola de Paulo aos Colossenses). De forma especial, entre o homem pecador, fadado ao fracasso, e a glória incomparável do Criador. De modo que, agora temos a nossa frente o pecado e o caminho da justiça (Mt 7.13-14).


Dois caminhos, mas apenas uma opção de escolha. A melhor é a segunda, mas sozinhos não conseguiremos, uma vez que: nossos acertos não anulam nossos erros. Isto implica dizer: a potencialidade para o pecado está em nós.


Carregaremos isto conosco até a volta de Cristo Jesus. Daí a premissa: nossos acertos não extinguem a nossa inclinação para o pecado, não deixamos de ser pecadores. A luta é diária e constante, travada no campo da mente. A nossa mente, em seus pensamentos e entendimentos orientam-nos, em nossas ações e reações.


Por isso Paulo ao escrever aos Romanos, afirmou (Rm 12.1-2): v.1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que o vosso culto racional”; v.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

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