Alegrando-se com aquilo que alegra o coração de Deus
A palavra “alegria” aponta para um estado de contentamento, de satisfação de vida, regozijo, júbilo. Embutido nessa palavra de destaque está presente todas estas facetas. Muitos já devem ter dito e ouvido: “a alegria experimentada com as coisas do mundo é passageira, e a que verdadeiramente é duradoura e vivificante é aquela experimentada em Deus”. De fato, isto é uma verdade real! No entanto, para muitos, “a Bíblia é um livro cujos personagens nunca souberam o que é a alegria. Um livro que fala de castigo, morte, leis, guerras, fome, perseguição, destruição etc, não falando de amor na mesma proporção e intensidade com que se fala dos outros temas indicados”. É uma pena que alguém tenha uma visão tão equivocada do texto bíblico. A Bíblia representa na sua base a reconquista da Alegria. Quando Adão e Eva deram ouvidos a voz do próprio coração e desobedeceram a Deus incentivados pela serpente, o Diabo (Ap 12.9), fora introduzido o pecado no mundo e se interrompeu a harmonia original do universo. Naquele momento, perdeu-se a paz e a alegria interior (Gn 3.8), pois havia sido afetado drasticamente, não somente, o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva, como marido e esposa, não somente a perda da harmonia e a unidade entre a humanidade e a natureza, mas acima de tudo isto, a maior tragédia ocasionada pela exposição do pecado, fora o rompimento do relacionamento harmonioso com Deus (Gn 3.8). Este sim! Foi o maior golpe contra a alegria.
Embora o resultado da queda tenha sido desastroso para a paz e a alegria, para o bem-estar da humanidade e a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração dessa harmonia. Simultaneamente, na história dessa reconquista está a história da redenção em Cristo. Sendo assim, a Bíblia traz no seu bojo o enredo de uma história de amor, da verdadeira alegria. O homem nunca encontrará satisfação plena de vida, fora de Cristo. Noutras palavras, fora dos caminhos traçados pelo Senhor nas Escrituras. O que não podemos perder de vista é que a leitura que o mundo tem do que seja a alegria, é bem diferente daquela que encontramos nas páginas bíblicas. Enquanto o mundo foca em uma alegria ancorada “em ter”, as páginas bíblicas enfatizam uma alegria enraizada em “ser”. Não é ter poder, riqueza, dinheiro, popularidade e coisas do tipo que nos trarão alegria verdadeira, mas ser temente a Deus, esperar Nele, confiar que Ele está conosco, obedecer a Sua revelação, e nas demais coisas relacionadas a estas é que o homem poderá encontrar a alegria plena.
Contudo, a vida cristã não é só de alegrias, pois já nos advertira o Senhor Jesus: no mundo nós passaríamos por tribulações (Jo 16.33). O ponto de destaque é que as tribulações não podem se constituir um empecilho total à alegria, principalmente, quando elas nos sobrevêm como resultado do nosso compromisso com o Senhor (At 5.41, Rm 5.3). A verdade que não podemos perder de vista é: alegremo-nos naquilo que alegra o coração de Deus. Há muitas pessoas se alegrando nas coisas erradas. Ao meditar nessa máxima, poderíamos destacar vários episódios bíblicos, mas me atenho à história de Jonas. Em Jonas 4.6-11 encontramos o profeta experimentando extrema alegria por causa de uma planta que o protegia do sol escaldante daqueles dias. No mesmo texto, Deus levanta um verme para fazer perecer a planta que abrigava o profeta. O mesmo ficou profundamente irado com o ocorrido, e ainda mais quando Deus fez com que viesse sobre o profeta um vento quente. Então Deus lhe diz: vv. 10-11a: “tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; v.11a: não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive [...]”. Deus estava mostrando que o coração de Jonas estava experimentando alegria em coisas, não em pessoas arrependidas. Quando a nossa vida está alinhada com os propósitos de Deus, a nossa Alegria nunca estará sedimentada em coisas, mas no relacionamento e comunhão de pessoas com Deus.
A IGREJA PRECISA ALINHAR SUA VIDA, A VIDA TRAÇADA POR DEUS, EM CRISTO.