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Superando a superficialidade contemporânea





Richard J. Foster, em seu livro: “A celebração da Disciplina” (2014, p.29) afirma: “A superficialidade é a maldição do nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é o principal problema espiritual”. Não precisamos ir muito longe para percebermos que o referido autor tem toda razão no que diz. Embora, os teóricos discordem entre si quanto à nomenclatura identificadora do nosso tempo, a saber: estamos ou não na pós-modernidade? A modernidade fora superada ou não? Mais uma coisa é certa: vivemos dias marcados pela futilidade, consequentemente, pela superficialidade, seja no âmbito espiritual, familiar, profissional, nos relacionamentos interpessoais e, a lista segue mundo a dentro. Deste modo é preciso concordar que “a necessidade desesperada de hoje não é a de um número maior de pessoas inteligentes nem de pessoas talentosas, mas de pessoas com profundidade” (FOSTER, 2014, p.29).


Surge em meio a essa triste constatação o seguinte questionamento: como encontrar essa profundidade diferenciadora? A tarefa não é fácil, muito menos, simples.


É preciso, em primeiro lugar: reconhecer a necessidade de descer às regiões profundas, onde o que é superficial não tem vez, nem voz. Noutras palavras, é viver a vida valorizando o que precisa ser valorizado, a justiça em detrimento da injustiça. É viver a família, abandonando o que pode miná-la, a mentira. É viver a fé cristã com intensidade sem ser legalista, mas como Cristo, praticando o amor e não o ódio. Os exemplos são muitos.


Em segundo lugar, reconhecer a voz de Deus em meio aos ruídos do nosso tempo. Deus está nos conclamando para sermos Dele e de ninguém mais. O tempo é agora. A hora é essa. O momento é mais que oportuno. “Um passo e você não estará mais no mesmo lugar” (Chico Science). Deus está falando conosco a todo instante, mas não somente Ele, o mundo também nos comunica algo a cada momento. O desafio é ouvirmos a Deus e não o mundo.


E, em terceiro lugar, reconhecer o valor de sermos praticantes das verdades anunciadas em Cristo. O reconhecer aqui, não é o mero entendimento dos ensinamentos de Cristo em sua importância, mas um incorporar os seus ensinamentos, até o ponto de sermos como Ele, e fazermos o que Ele fez, e falarmos como Ele falou. Nisso se manifestará a verdadeira profundidade, a qual o mundo está tão alheio.


Somente em Cristo encontraremos o que o mundo tanto precisa. Somente aos pés do nosso Salvador encontraremos a verdadeira razão da vida, família, profissão, relacionamentos. Jesus é o antídoto para os males que assolam a humanidade: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.19-21a).

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