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O grande Amor de Deus: Amor que nos melhora


É impossível alguém compreender o grande amor de Deus revelado na cruz de Cristo e, ainda, permanecer o mesmo. É impossível ao homem pecador, que diz ser do Senhor, sentir-se à vontade para alimentar seus pecados, ante a exuberante demonstração desse amor grandioso. É impossível a uma família cristã, que diz ser norteada pelos princípios bíblicos, permanecer em uma relação de intrigas e discórdias, diante deste amor inefável. É impossível a uma igreja, que diz ser genuinamente cristã, alimentar uma teologia que apregoa uma práxis alheia às verdades centrais da fé cristã, perante este amor incondicional. É impossível a um líder religioso, que diz ser um autêntico arauto do evangelho, agir sob a máxima do politicamente correto, em face da revelação deste amor que não exige retoques. É impossível alimentarmos um estilo de vida cristã baixa, superficial, infrutífera, dizendo: pertencemos a Cristo, pois Seu amor nos faz crescer com profundidade em nossos relacionamentos interpessoais, produzindo respeito, afeição, sinceridade, zelo. É impossível a omissão, fazer de conta que não viu, fazer de conta que não é conosco, nos preocupando somente com nossos interesses, uma vez que, este amor com o qual Deus nos amou, tem na sua essência a auto entrega. Isto, vemos na própria Trindade Santíssima. O teólogo e escritor Louis Berkhof define o amor em Deus como “a perfeição de Deus pela qual ele é movido eternamente a comunicar-se”.1 De forma específica, esta definição interpreta o amor como uma doação em beneficio dos outros. Na mesma toada de pensamento, o teólogo e escritor Wayne Grudem, afirma: “Esse eterno amor do Pai pelo Filho, do Filho pelo Pai e de ambos pelo Espírito Santo faz do céu um mundo de amor e alegria, pois cada pessoa da Trindade busca dar alegria e felicidade às outras duas”. 2

O apóstolo Paulo vai dizer em Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Que tipo de amor é esse? Um amor que se doa por pessoas sujas moralmente, invejosas, egoístas, mentirosas, promiscuas, idólatras, avarentas, que pratica toda sorte de maldade, transformando essas pessoas em Filhos de Deus (Rm 8.14), imprimindo-lhes uma mentalidade cristã (Rm 8. 5-8), fazendo com que agora amem ao próprio Deus; aquele mesmo, com que outrora, não queriam se relacionar. O apóstolo João em I João 4.19 afirma: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. Não saberíamos o que é o amor, se Deus não nos tivesse amado. E, porque ele nos amou, agora podemos compreender o que é isto. Isto, é mais do que sentimento, é mais do que emoção, é mais do que palavras, é mais do que barulho, é entrega pessoal, é fazer, é abrir mão do nosso ‘eu’, é levantar-se deste estado de inércia, é entregar-se a Deus, assim como um filho se entrega aos braços do seu pai.

É verdade! Não estamos equivocados. Não é errado afirmar: o homem que um dia ouviu falar desse amor, e o compreendeu, não consegue mais ser a mesma pessoa. O grande amor de Deus gera na pessoa dos seus filhos, vida em abundância (Rm 5.20). Esse amor de fato nos melhora. Amor que é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não é leviano, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co 13.4-7). ______________________________________ 1 BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 3ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 69. 2 GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 145.

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